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Tese doutoral a ser defendida

em abril de 2023

Radiografia do ambiente florestal da bacia hidrográfica do rio das Velhas

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Amanda Ribeiro de Oliveira

Para uma gestão territorial eficiente é fundamental realizar o reconhecimento do potencial natural e das fragilidades dos aspectos físicos da paisagem. Neste contexto, este estudo propôs uma avaliação do ambiente florestal sob diferentes percepções de análise e em diferentes recortes espaciais. Para tal, foi realizada uma análise da evolução e das transições de uso e cobertura da terra no período de 2000 a 2020, considerando-se o histórico de supressão e restauração de vegetação nativa e o potencial de uso; calculado o balanço florestal de reserva legal e das áreas de proteção permanentes (APPs) das propriedades rurais; e identificadas as áreas prioritárias para restauração de vegetação nativa. 

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A bacia hidrográfica do rio das Velhas, em Minas Gerais, possui um longo histórico de ocupação antrópica e uma paisagem fragmentada, decorrente principalmente dos processos de expansão das atividades agropecuárias e silvicultural. 

Os resultados foram gerados a partir do levantamento e tratamento de bases de dados espaciais e não espaciais, ferramentas de geoprocessamento, inteligência territorial, técnica participativa ad hoc e modelagem espacialmente explícita e multicriterial. Observou-se no geral certa neutralidade em relação ao ambiente florestal na bacia. A diferença entre a área de vegetação nativa suprimida e restaurada foi baixa, sendo o principal destino do desmatamento a abertura de novas áreas de pastagem. Além disso, uma tendência de reestruturação dos sistemas produtivos em terras privadas na região também foi observada, onde o plantio de florestas plantadas passou a ocupar áreas antes destinadas para pastagem. A ampliação das áreas de cultivo e silvicultura ocorreu em maior proporção nas áreas de maior potencial de uso conservacionista (PUC) e em áreas de menor prioridade para recuperação de vegetação nativa, demonstrando uma conformidade entre a aptidão natural do terreno com as atividades ali instaladas. Nas áreas de PUC muito baixo, onde o potencial natural para o desenvolvimento de atividades agrossilvipastoris também é baixo, e nas áreas classificadas com alta prioridade para recomposição da cobertura vegetal predominaram as menores taxas de desmatamento registradas. Apesar das unidades de conservação terem evidenciado certa eficiência na proteção da vegetação, as APPs encontraram-se com um nível de antropização significativo, principalmente dentro de propriedades rurais. Quase metade dos imóveis rurais apresentaram déficit florestal dentro de APPs e uma parcela significativa do desmatamento ocorrido após 2008 se deu em propriedades sem excedente florestal de reserva legal, caracterizando-o como potencialmente ilegal. A avaliação do histórico de ocupação antrópica junto ao mapeamento das áreas prioritárias para restauração da vegetação nativa, associado à metodologia PUC, mostrou-se um instrumento potencial de apoio a decisões espacialmente explícitas pelos órgãos competentes de forma a contribuir para a gestão sustentável da bacia.

Análise das transições de uso e cobertura da terra

Balanço florestal de propriedades rurais

Áreas prioritárias para restauração de
vegetação nativa

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